segunda-feira, 16 de agosto de 2010

12° DIA: MENDOZA - USPALLATA - VIÑA DEL MAR

Hoje foi dia de pegarmos a estrada novamente. Partimos de Mendoza via Ruta 7 rumo a Uspallata. O dia estava um pouco encoberto, mas mesmo assim conseguimos visualizar as montanhas nevadas durante todo o trajeto.

A aproximadamente 60 Km de Mendoza, passamos por Potrerillos, um vilarejo situado em um vale da pré-cordilheira andina. Da estrada (Ruta 7), paramos para tirar fotos da Represa de Potrerillos, um imenso espelho d’água com 12 Km de largura e rodeado pelas montanhas nevadas. Uma paisagem única...


Chegamos em Uspallata, uma cidadezinha pequena, com poucas ruas pavimentadas em um vale encravado no meio das montanhas. Esta lugar foi o cenário do filme Sete Anos no Tibet – e não o próprio Tibet!


Foi nessa cidade que tivemos a primeira surpresa da viagem: começou a nevar!!!! Floquinhos brancos, molhados e fininhos caiam devagar sobre o chão e gradativamente foram aumentando em tamanho e velocidade. Um espetáculo lindo! Como nunca havíamos visto a neve cair, parecíamos duas crianças tentando pegar os floquinhos com as mãos... Uma pena as fotos não conseguirem representar o fenômeno que estávamos presenciando naquele momento.


Visitamos as Bovedas de Uspallata – ruinas arqueológicas no meio do deserto (via RP-52), herança dos índios que habitaram a região. Em seu interior funciona uma espécie de exposição de artigos indígenas. Não entramos, pois estávamos com frio e estava nevando em nossas cabeças. Corremos para o carro!


Tinhamos planejado passar a noite nesta cidade, mas como ainda estava cedo e não havia muito mais o que visitar na cidade (todas as outras atrações que tentamos ir estavam fechadas), tomamos uma decisão: iriamos atravessar para o Chile neste dia mesmo.

Na avenida principal que corta Uspallata paramos para abastecer o carro e comprar as cadenas – correntes usadas nos pneus para não atolar em caso de pista com barro ou neve. Pagamos no Kit com 2 unidades AR$ 300,00. Não sabemos se foi caro ou barato, pois não pesquisamos o preço em nenhum outro lugar anteriormente e precisávamos do equipamento caso a estrada estivesse com neve.

Finalmente, o tempo começou a abrir e o dia foi ficando ensolarado!

Para seguir para o Chile, continuamos pela Ruta 7, que após a cidade de Uspallata se torna bem sinuosa e passa no meio de um deserto com paisagens fantásticas. A cada curva descobre-se uma paisagem mais bonita. Neste trecho, a ruta acompanha o curso do Rio Mendoza.


A Ruta 7 – antes de chegar ao Chile – tem diversas atrações. A primeira delas é o Cementerio del Andinista, onde são enterrados alguns montanhistas que morreram na tentativa de subir o Cerro Aconcagua. Algumas covas são bastantes antigas e ha outras mais recentes, como de 2006, por exemplo. É um cemitério pequeno e surpreendente que vale a pena conhecer. Tem que prestar bastante atenção na sinalização, pois há somente uma placa indicativa, localizada bem na entrada.


Passamos também pela Puente del Inca – uma formação rochosa que passa pelo rio Mendoza como uma ponte natural, formada pela ação das aguas quentes do local. Embaixo da ponte existem as ruinas de um antigo hotel termal (fechado após uma avalanche na década de 60). Existe uma pequena feira de artesanatos em Puente del Inca. Talvez os objetos vendidos mais curiosos sejam as “coisas” petrificadas – a composição química das águas termais geram um processo de petrificação naquilo que é mergulhado em suas águas.



Dois quilômetros após passar a Puente del Inca chega-se à entrada principal do Parque Provincial do Aconcagua, uma área protegida de 71 mil hectares que abriga o imponente Cerro Aconcagua (a maior montanha da America Latina com 6962m de altitude). No parque é possível percorrer duas trilhas que levam aos principais mirantes. Para percorrer a trilha mais curta leva-se em torno de 15 minutos e não se paga nada. Para percorrer a trilha maior leva-se em torno de 3 horas e paga-se uma taxa de AR$ 6,00 por pessoa. Caminhamos um pouco pela trilha menor, pois o tempo era curto. Ainda assim, vimos paisagens lindíssimas.


Depois do Parque Provincial Aconcágua, passamos pelo Túnel Cristo Redentor. Dentro do túnel começamos a ver placas indicando que já estávamos no Chile. Ao sair do túnel já estávamos no Chile! A paisagem foi ficando cada vez mais bonita – muita neve, estações de esqui, montanhas altíssimas e sol.


Já em território chileno pegamos mais alguns túneis completamente congestionados com caminhões para chegar até a aduana. Levamos uns 30 minutos parados esperando a fila andar... Ao chegar na aduana perdemos mais tempo ainda. A burocracia para se entrar no Chile é enorme. Passamos por diversos guichês onde tivemos que apresentar sempre os mesmos documentos (documento – RG ou passaporte – e documento do carro). Com toda a documentação certa, veio um agente revistar o carro; mandou tirar todas as malas, abriu e olhou. Tudo certo! Podemos seguir viagem.

Pouco tempo depois de sair da aduana, chega-se à famosa estrada das 29 curvas, também chamada de Los Caracoles, uma descida extremamente sinuosa (com 29 curvas, é claro) em meio a muita neve. Ao olhar de cima a sensação é de medo, mas é só ir devagarinho, apreciando a paisagem que dá tudo certo.


Descemos a estrada e seguimos em direção à Viña del Mar, via Ruta 60. As estradas do Chile estão em ótimas condições e muito bem sinalizadas. Chegamos em Viña del Mar já de noite e fomos direto para o hotel (Bravamar) que havíamos pesquisado na internet - felizmente o hotel tinha vagas. Deixamos as coisas no hotel e saímos para comer.

A cidade de Viña del Mar a noite é muito movimentada. As ruas são cheias de restaurantes e barzinhos luminosos e coloridos e muitas pessoas passeiam de noite sem nenhum problema, mesmo no inverno. Jantamos em um restaurante mexicano (Maragarita) e a comida e o happy hour estavam ótimos.

Total de Kilometros rodados no dia (incluindo os passeios): 439Km

sábado, 14 de agosto de 2010

11° DIA: MENDOZA

Reservamos o dia para passear em Mendoza.

Tomamos café da manhã no Hote IBIS e não era tão bom quanto ao IBIS de Montevideo, mas dava pro gasto. Achamos uma casa de cambio chamada Cambio Santiago (Calle Espejo x Av San Martin), compramos alguns pesos e fomos passear.

Primeiramente fomos ao Parque General San Martin, um grande parque de 400 hectares no meio da cidade. Algumas ruas cruzam o interior do parque, facilitando o acesso às atrações para quem esta de carro. Na verdade, o parque foi criado para conter as fortes ventanias com as arvores e acabou se tornando um grande centro de lazer.


 
Lá passamos pelos Portones (entrada principal do parque), Cabalitos de Marly (réplica dos existentes nos Campos Eliseos em Paris), Fuente de los Continentes e El Lago.





Dentro do parque subimos ainda com o carro ao Cerro la Gloria, morro quem tem em seu cume um monumento do General San Martin. Do topo do cerro pode-se apreciar a vista da pré-cordilheira com picos nevados. Muito bonito.




Ao sair do parque seguimos em direção à Ruta do Vinho (RP 15) – uma retona só com diversos acessos para as principais vinícolas. Da estrada pode-se ver os imensos campos cobertos de parreirais. Logicamente, a pré-cordilheira ao fundo dá um “upgrade” na paisagem.


 
Tentamos visitar primeiro a Bodega Norton (que faz aquele vinho maravilhoso que tomamos em Buenos Aires). Infelizmente a bodega só aceitava visitas com reservas antecipadas. Fica para a próxima...



Pegamos o acesso para a Bodega Terrazas de los Andes. Desta vez, não pudemos fazer a visita guiada (AR$ 30,00 por pessoa), pois já havia um grupo participando naquele momento. Mas, pudemos degustar alguns vinhos, passear um pouquinho e tirar algumas fotos. O melhor de tudo é que não pagamos nada!



Fomos então à tão esperada Bodega Chandon. Estávamos espertos e já havíamos deixado nosso nome na lista para a visita das 14:00. A visita guiada com degustação custa AR$ 15,00 por pessoa e vale muito a pena. A guia explica de maneira simples como é a produção dos espumantes e a diferença entre seus tipos. Além disso, local conta com um jardim muito bonito. Adoramos o passeio e descobrimos que o espumante que gostamos é o Demi-Séc. Estamos começando a entender.






Voltamos para o centro de Mendoza, deixamos o carro em um estacionamento e caminhamos pela Av. San Martin a procura de um restaurante para o almoço. Decidimos almoçar no Café IL Panino, que nos pareceu ser um lugar bom e agradável. A comida estava boa, e na torta de limão veio o famoso cabelo. Estamos nos acostumando.

Voltamos para o hotel e jantamos por lá mesmo.

Total de kilometros rodados no dia (incluindo os passeios): 112 Km

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

10° DIA: VILLA MERCEDES - MENDOZA

Saímos cedo de Villa Mercedes e seguimos para Mendoza via Ruta 7.As paisagens são bem parecidas com as que encontramos no dia anterior, sendo que os pássaros voando sobre o carro ficam mais frequentes e ao entrar na província de Mendoza começa-se a ver algumas montanhas com picos nevados.


Durante todo este trecho passamos por quatro pedágios, totalizando AR$ 9,00. Ao entramos na província de Mendoza passamos por uma barreira sanitária, onde o guarda nos parou, perguntou de onde vínhamos e para onde íamos e pediu para ver o porta malas, para se certificar de que não estávamos levando frutas ou hortaliças. Após a vistoria rápida, o carro passou por uma pulverização desinfetante.

Ao cruzar esta barreira, a estrada que era toda duplicada passa a ser pista única, mas estava em obras para duplicar. Ao chegarmos em Mendoza fomos direto ao Hotel IBIS onde havíamos feito uma reserva pela internet. O hotel fica um pouco afastado do centro, 5 Km, mas tem um ótimo custo benéfico. Fizemos o check in, descarregamos as malas e fomos passear.


Passamos pelas ruinas de San Francisco, que são restos de uma igreja que sobreviveu ao terremoto de 1861. Estas ruinas estão amparadas por barras de ferro para que não caia.


Cruzamos a Plaza Pedro del Castillo, uma praça muito bonita, com varias fontes e palmeiras trazidas de ilhas do Brasil. No centro desta praça existe uma câmara subterrânea onde se concentram os resto de uma fonte de 1810. Infelizmente o acesso estava fechado.



Em frente à Plaza Pedro del Castillo esta o Museo del Area Fundacional (AR$6,00 por pessoa) que conta a historia de Mendoza antes da destruição causada pelo terremoto de 1961 e como foi feita a reconstrução da cidade.



Visitamos o Acuario Municipal (AR$6,00 por pessoa), onde a grande atração é um hospede único na Argentina – uma tartaruga gigante de 100 anos chamada Jorge. Neste aquário existem cerca de 1700 espécies diferentes em tanques que recriam o ambiente natural de cada animal.



Fomos ao Paseo la Alameda com o intuito de almoçarmos, mas ao invés de restaurantes encontramos muitas lojas de moveis. O local é até bonito, arborizado e cheio de bancas de flores, mas não vale a pena perder tempo.


Seguimos então até a Av. San Martin, principal avenida da cidade com uma intensa atividade comercial e bancaria. Como estávamos com pouquíssimos pesos argentinos, tínhamos que ir a uma casa de cambio, mas todas estavam fechadas. Nossa ultima saída foi sacar dinheiro em moeda local em um caixa eletrônico da rede Banelco. Por essa transação nos cobraram uma taxa de AR$ 15,80.

Almoçamos no primeiro restaurante que encontramos e não foi uma boa escolha. A garçonete estava preocupada em assistir televisão e os pratos demoraram mais de uma hora para chegar.

Voltamos para o hotel e resolvemos dar uma volta no Carrefour que fica ao lado para descobrir produtos locais.

Mais tarde, jantamos no próprio hotel e fomos dormir.

Total de Kilometros rodados (incluindo os passeios): 376Km

terça-feira, 10 de agosto de 2010

9° DIA: BUENOS AIRES - VILLA MERCEDES



Acordamos cedo e resolvemos tomar café da manhã no próprio Hotel Sheraton. Apesar do preço bem salgado (AR$ 46,00 por pessoa), estava fantástico: muita variedade de pães, doces , geleias, frutas, cereais e bebidas. Aproveitamos para comer bem já que passaríamos o dia todo na estrada.
Gostariamos de ir de Buenos Aires direto para Mendoza, mas para não ficar tão cansativo decidimos que a viagem seria feita até Villa Mercedes (702 Km de Buenos Aires).

O acesso desde Buenos Aires para a Ruta 7 é bem fácil e simples. Nos primeiros quilômetros a estrada possui 4 pistas para cada lado; depois diminui para 3, 2 e finalmente 1. A pista apresenta boas condições e a velocidade máxima varia de 80 a 130 Km/h.



Durante todo o trajeto a paisagem é interessante composta basicamente de planícies. Aproximadamente no Km 380, a estrada corta a Laguna La Picasa – uma lagoa linda cheia de patos, garças e flamingos. Sim, flamingos, aqueles pássaros rosadinhos que achamos que só existem nos desenhos. Uma pena a estrada não ter acostamento para tirarmos fotos.

Deve-se tomar muito cuidado, pois vários pássaros sobrevoam a pista fazendo sujeira no carro. É difícil, mas tente não atropelar nenhum.

Em todo o trecho Buenos Aires – Villa Mercedes passamos por seis pedágios, totalizando AR$ 16,60. Passamos também por dois comandos policiais e não fomos parados por nenhum. Em ambos, o carro de trás foi o escolhido.

Chegamos a cidade de Villa Mercedes e fomos direto ao hotel pesquisado na internet (Lazaro). Felizmente o hotel tinha vagas, mas não era tão bom quanto esperávamos, afinal de contas Villa Mercedes é uma cidade bem pequena com clima de interior. Resolvemos ficar por lá mesmo já que só passaríamos uma noite.

Deixamos as coisas no hotel e procuramos um lugar para comer. Encontramos nossa primeira dificuldade na cidade: estávamos com poucos Pesos Argentinos e os restaurantes não aceitava cartões e as casas de cambio não aceitavam Real. Com muita dó no coração trocamos alguns Dólares por Pesos Argentinos e fomos comer no casino da cidade, pois nos pareceu ser a melhor opção. Mas a comida não estava tão boa assim.

Vale lembrar que dentro da cidade tinham mais dois comandos policiais, e desta vez fomos parados. Nos solicitaram apenas a carta verde e o documento do condutor. Tudo estava ok.

Voltamos para o Hotel e fomos dormir.

Total de Kilometros rodados no dia (incluindo os passeios): 698Km

8° DIA: BUENOS AIRES

Novamente tiramos o dia para passear em Buenos Aires.

Tomamos café da manhã no lendário Café Tortoni e fomos caminhando até o bairro de San Telmo.


 
Em San Telmo visitamos a estátua da Mafalda – personagem dos quadrinhos argentinos. Esta estátua fica no cruzamento da Calle Chile com a Defensa e Mafalda se encontra sentada em um banco de praça.



Passeamos pela Calle Defensa onde existem muitos antiquários, lojas de decoração descoladas e feirinhas em suas transversais. Em uma das transversais, chamada de Pasaje San Lorenzo existem uma curiosidade arquitetônica chamada de Casa Minima. A casa mede apenas 2,10 metros e sua fachada contem apenas uma porta de entrada e uma janela com uma pequena sacada. A casa pertenceu a um escravo liberto depois da abolição da escravidão.


 
No final da Calle Defensa chegamos a Feria de San Telmo, uma feirinha muito tradicional na Plaza Dorrego. Na verdade, achamos a feira um pouco estranha pois são vendidos objetos muito esquisitos nas barracas. A impressão que dá é que as pessoas estão vendendo suas quinquilharias pessoais. Mesmo assim, o local estava lotado.




Pegamos um taxi até o bairro La Boca, onde visitamos o estádio do time Boca Juniors, mais conhecido como La Bombonera, pois tem o formato de uma caixa de bombons. Dentro do estádio esta o Museo de la Passion Boquense, que conta a historia do time ao longo dos anos. A entrada ao museu e a visita expressa ao estádio saem por AR$35,00 por pessoa. Em frente ao estádio existem muitas lojas de souvenires típicas da região.


 
Ainda no bairro La Boca fomos ao Caminito, uma animada e colorida ruazinha com exposições de arte dançarinas de tango e lojinhas de souvenires.



Resolvemos almoçar nas redondezas do Caminito em um restaurante chamado Nonno Bachicha, onde havia um show de tango ao vivo. A comida era boa e a diversão garantida!


 
Pegamos novamente um taxi e fomos até o bairro da Recoleta. Lá visitamos a Floralis Generica, um monumento de uma flor de aço em dimensões gigantescas que abre e fecha suas pétalas conforme a luz do sol. Muito bonita...



Caminhamos então até a Plaza Francia, onde estava acontecendo uma feira hippie e algumas atrações culturais para crianças. Desta praça seguimos para o Cementerio Recoleta, uma passeio um tanto quanto excêntrico, porem interessante pela exuberância de seus mausoléus – alguns deles foram declarados monumentos históricos. Lá foi enterrada Eva Peron, um dos mausoléus mais discretos, porem o mais visitado.




Tomamos um café em uma cafeteria por perto chamada The Coffee Store e pegamos um taxi ate o nosso hotel.

Mais tarde fomos jantar em um restaurante próximo ao hotel (Scuzi – Av Cordoba). Péssima experiência: a massa tinta aparência e gosto horríveis e... um cabelo enrolado junto ao fetuccini. Ou todos os pratos da Argentina trazem cabelo como guarnição ou estamos com muita falta de sorte. Que nojo! O pior de tudo é que reclamamos para o garçon e ele nem ao menos nos pediu desculpa. Definitivamente, não recomendamos este lugar à ninguém.

Voltamos para o hotel extremante chateados e fomos dormir.

OBS.: Não assistimos nenhum show de Tango, pois a reserva pela internet só poderia ter sido feita com 2 dias de antecedência, e como estávamos em um final de semana os preços diretamente no local eram bem mais altos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

7° DIA: BUENOS AIRES

Tiramos o dia de hoje para passear na cidade de Buenos Aires.

Acordamos um pouco mais tarde (08:00) e decidimos não tomar café da manhã no hotel, já que o valor deste era de AR$ 46,00 por pessoa – caríssimo! Fomos então à uma cafeteria chamada Puerto del Carmen, no cruzamento da Av. Córdoba com a Calle Florida. Nesta cafeteria, tomamos um café, um chocolate quente e três churros por AR$ 31,00.

Caminhamos então pela Calle Florida – uma das principais ruas de comércio da cidade. Toda de pedras, não permite a entrada de carros e tem diversas bancas de jornal e de flores espalhadas, além de muitas galerias com diversas lojas (desde as mais populares até as de marca como a Zara). A galeria mais conhecida desta rua é a Pacífico, mas chegamos antes do horário de sua abertura. Detalhe: já havia fila na porta para entrar!

Em toda a extensão da Calle Florida existem três lojas Fallabella – loja de departamentos muito conhecida da cidade. Cada unidade desta loja vende um tipo de produtos. Logicamente, a unidade que vende produtos femininos é a mais legal. Lá encontrei os meus queridos relógios da Swatch (Full Blooded) por apenas AR$ 850,00. Muito barato! Minha vontade era de levar todos, mas me contive...



Fomos caminhando até a Plaza de Mayo, principal praça da cidade, rodeada por construções importantes como a Catedral Metropolitana de Buenos Aires, Cabildo, Sede do Banco de La Nación e a Casa Rosada, lindíssima... Visitamos somente o interior da catedral, pois havia muita fila para entrar no museu da Casa Rosada.



Contornando a Casa Rosada a pé e atravessando a avenida, chegamos em Puerto Madero, provavelmente a parte mais bem frequentada da cidade. Puerto Madero nada mais é do que um bairro criado ao redor do Porto de Buenos Aires. Tem diversos barzinhos e restaurantes requintados em seus diques, com vista para o Rio de La Plata.


 
Decidimos almoçar em um destes restaurantes, que eu (Bruna) já conhecia da última vez que visitei a cidade e gostei muito: Bahia Madero. Tomamos um vinho branco Norton Dulce Natural muito bom e comemos razoavelmente bem. Poderia ter sido melhor se não tivéssemos encontrado quatros cabelos (parecidos com cílios) no prato do Marcelo. Acho que não estamos com muita sorte no quesito alimentação... Não reclamamos, pois o Marcelo não deixou que eu falasse nada.


 
Após o almoço, passamos pela Puente de La Mujer, uma ponte em formato meio abstrato, que se move conforme a passagem das embarcações.



Atravessando a ponte, chegamos ao Parque Mujeres Argentinas, um dos maiores parques da cidade, com um gramado bem verdinho e trilhas em formas geométricas, dando um ar futurista ao local. Lá encontramos muitos “nativos” passeando e brincando com seu cachorros ou andando de skate. Um lugar bem agradável.



Ainda passeando por Puerto Madero, visitamos o Monumento al Tango, uma estrutura metálica em formato de bandoleon. Construída em aço inoxidável , tem 3,5 m de altura e pesa 2 toneladas. Foi inaugurada em 2007 no dia da música.



Vistamos também o Monumento a Fangio em homenagem ao argentino Juan Manuel Fangio, campeão de Fórmula 1 por 5 vezes. Nesta escultura Fangio está de pé ao lado de seu carro Mercedez Benz W 196, em tamanho original.



Pegamos um táxi de Puerto Madero até o Obelisco – monumento de 65 m de altura no centro da Av. 9 de Julio (uma das avenidas mais largas do mundo), construído em 1936 em homenagem aos 400 anos da fundação de Buenos aires. Lindo! Merece ser visitado de dia e de noite.



Do Obelisco, seguimos caminhando pela Av. Corrientes e chegamos ao Arcor Center, uma mega loja de doces da marca Arcor. Lá pode-se comprar inúmeras guloseimas a um preço bem convidativo: AR$ 4,50 para cada 100g de balas. Para deixar qualquer um maluco... Aproveitamos para tomar um café por lá.



Pegamos outro táxi de onde estávamos para ir até a região dos Outlets (Av. Córdoba, a partir do número 4000). Todos os Outlets estavam em liquidação e a rua parecia um formigueiro. Em algumas lojas, com a da Levi’s, por exemplo, havia até fila para entrar. Camisetas da Adidas por R$ 50,00, tênis da Nike (Shox) por R$ 240,00, roupas femininas da Portsaid baratérrimas. Comprei um sobretudo de Nylon bem grosso por R$ 170,00 e um blazerzinho para trabalhar por R$ 35,00 – quase de graça!

Depois das comprinhas, aproveitamos para entrar em supermercado e comprar algumas garrafinhas de água com gás. Não sei o que acontece, mas não consigo beber a água mineral Argentina. Ela parece ser pesada e não matar a sede.

Pegamos um taxi até o nosso hotel. Demos uma organizada nas malas e a noite fomos ao Hard Rock Café comer um “Legendary Burger”. Desta vez, fomos acompanhados pela nossa querida Quilmes.





Aproveitamos também para dar uma voltinha no Buenos Aires Design Center, onde existe uma loja de decoração e utilidades domesticas para deixar qualquer mulher maluca... A loja chama-se Morph e vale a visita mesmo que seja só para olhar os produtos curiosos e inteligentes.

Voltamos para o hotel e fomos dormir.