Acordamos e descemos para tomar café da manhã. Na recepção vimos as bandejinhas de café da manhã já montadas por pessoa (1 copo de suco artificial, 1 pan amassado – pão típico do Chile, parecido com o nosso pão sovado, e 1 pacotinho com 2 bolachas recheadas). Diante de tanto capricho, resolvemos fazer o check-out, sair logo para passear e tomar café da manhã na rua mesmo...
Caminhamos pela Av. Marina, avenida beira-mar que tem início à esquerda do Estero Marga Marga, espécie de rio que corta a cidade e desemboca no mar. Viña del Mar é uma cidade muito bonita – tudo é muito bem cuidado, os jardins são impecáveis e não há lixo nas ruas.
AVENIDA MARINA - VIÑA DEL MAR
A arquitetura da cidade é bem interessante e conta com diversos castelinhos. Na Av. Marina passamos pelo Castillo Wulff e Castillo Ross. O primeiro (e mais bonito) funciona como um centro de exposições e foi construído sobre as rochas na beira no mar por conta dos terremotos constantes que abalavam a região na época de sua construção. Infelizmente, não estava aberto à visitas internas. O segundo, todo feito de pedra, funciona como um restaurante.
CASTILLO WULFF - VIÑA DEL MAR
CASTILLO ROSS - VIÑA DEL MAR
Seguindo pela Av. Marina passamos pelo Hotel Sheraton - muito elegante (que pena que não pudemos nos hospedar nele novamente) e pelo Ducap, um restaurante em formato de navio, construído sobre as rochas do mar – muito interessante.
HOTEL SHERATON - VIÑA DEL MAR
Chegamos, então, ao Reloj de Flores, um relógio feito com flores naturais que marca as horas exatas. Muito bem cuidado, é o cartão postal da cidade.
RELOJ DE FLORES - VIÑA DEL MAR
Voltamos pela mesma avenida e cruzamos o Estero Marga Marga por uma de suas pontes até chegar ao outro lado da cidade. O outro lado da cidade é bem animado, repleto de restaurantes, cafés, bares, lojas de artesanato, lojas de roupa, cassino, Starbucks, Mc Donalds, etc. Como não havíamos tomado café da manhã, resolvemos parar no Mc Donalds para o “desayuno” – leia-se “desadjuno” na língua dos chilenos (muito bom e barato, por sinal).
ESTERO MARGA MARGA - VIÑA DEL MAR
Deste lado do Estero Marga Marga, a avenida beira-mar se chama Peru e foi por ela que caminhamos. Passamos pelo Casino Viña del Mar, com uma estrutura bem imponente e um jardim belíssimo.
CASINO - VIÑA DEL MAR
A Av. Peru é formada apenas por quatro quarteirões e é repleta de barzinhos com vista para o mar. Aproveitamos pra entrar na praia, caminhar um pouquinho na areia e colocar as mãos nas águas geladas do Oceano Pacífico. Achamos que vimos um pinguim nadando no mar, mas como ele mergulhou e não apareceu mais, não temos certeza – é completamente possível!
PRAIA - AVENIDA PERU - VIÑA DEL MAR
Caminhamos então um pouco por dentro da cidade, onde encontramos diversas lojinhas interessantes de artesanato. Chegamos ao Museo Arqueológico Francisco Fonck. Não queríamos entrar no museu (que conta a história da Ilha da Páscoa), mas ver uma das grandes e misteriosas estátuas que notabilizaram a Ilha da Páscoa, um Moai original trazido da ilha que fica no jardim do museu.
MUSEO ARQUEOLOGICO FRANCISCO FONCK - VIÑA DEL MAR
Pegamos o carro e seguimos até Valparaíso, cidade portuária vizinha que fica a aproximadamente 15 Km de Viña del Mar. A cidade foi toda construída em cima de morros ou “cerros”, então para ir de um lugar ou outro normalmente os pedestres tem de recorrer aos elevadores, ou “ascensores” – espécie de bondinhos que sobem os morros. Com tudo isso, a cidade é bem bagunçada, com muito barulho e pouquíssimos lugares para estacionar na rua. Porém, é essa bagunça de cores e barulhos que é o charme de Valparaíso.
Subimos o Cerro Artilleria (principal Cerro da cidade) com o carro – ruas estreitas e sinuosas até chegar ao seu cume. No topo do Cerro existe um mirante onde tem-se uma vista geral das cidades de Valparaíso e Viña del Mar. Talvez ficar observando o movimento, as cores e os sons do porto seja o maior barato deste passeio. Muito bonito.
VISTA DO CUME DO CERRO ARTILLERIA - VALPARAISO
Ainda em cima do Cerro Artilleria existe o Paseo 21 de Mayo, uma ruazinha arborizada que concentra lojas de artesanato, uma feirinha com produtos típicos do Chile e poucos restaurantes.
PASEO 21 DE MAYO - VALPARAISO
Almoçamos em um dos restaurantes do Paseo 21 de Mayo, o Café Arte Mirador. A especialidade do lugar são os peixes e frutos do mar – o Marcelo disse que comeu o melhor salmão da vida dele. Porém, fuja das outras opções! Eu por exemplo, pedi um “Bife a lo Pobre” e a carne veio dura e cheia de nervos, a batata frita encharcada, o ovo mole e a cebola... com cabelo! O lugar é bem apertadinho, conta com somente um garçom e é um pouco desorganizado, mas oferece uma excelente vista do porto.
Depois do almoço, aproveitamos para dar uma olhadinha do curioso Ascensor Artilleria, um dos mais populares. O elevador tem 4 metros de comprimento, 2 metros de largura e percorre o seu trajeto de 175 metros lentamente em diagonal. Não utilizamos o ascensor como meio de transporte, mas só observar o seu trabalho já é bem interessante.
Nossa ideia inicial era passar a noite em Valparaíso, mas ainda eram 16:00, a cidade não nos pareceu ter muito mais atrações – ou estávamos com preguiça de continuar na bagunça – e tivemos a impressão de que não seria um lugar fácil para se hospedar.
Decidimos então que seguiríamos viagem até Santiago neste dia mesmo, mas queríamos já ir com o hotel reservado para não passar nervoso na hora em que chegássemos à cidade. Para reservar um hotel precisávamos de internet. Procuramos algum restaurante ou café que tivesse internet Wi-fi e não achamos nada. Fomos até o Supermercado Jumbo na esperança de conseguir pegar alguma rede de internet e nada... Pelo menos, conhecemos o supermercado que é gigante e conta com outras lojas de departamento dentro dele – muito interessante!
Nossa solução, então, foi retornar à Viña del Mar, já que sabíamos que estava cheia de locais com internet Wi-fi. Paramos no Starbucks, pedimos um café e um suco e usamos a internet. Enquanto estávamos no Starbucks, deixamos o carro estacionado em uma praça onde diversos flanelinhas trabalhavam, mas eles trabalham mesmo – além de cuidar do carro, lavam e deixam brilhando (com alguns risquinhos leves de brinde)... uma maravilha; o carro estava precisando de um banho...
Conseguimos finalmente reservar um hotel em Santiago – Apart Hotel Los Españoles da rede Best Western... deve ser ótimo, vamos embora!
Chegar até Santiago foi fácil. O problema é depois que você está na cidade. Nenhum dos GPS que levamos tinha o mapa atualizado da cidade, então, não sabíamos onde ficava o nosso hotel. Santiago é grande e não existe aquele conforto: perdeu a entrada, pegue a próxima! Perdeu a entrada, você cai em uma rodovia que só terá retorno 20 Km depois. Bom, pegamos algumas entradas erradas e retornamos muitos Kms depois. Depois de pedir MUITAS informações em diversos lugares, parar no posto de gasolina para entrar na internet e dar uma olhadinha no Google Maps, parar em becos escuros e esburacados, chegar aos lugares errados, estressar, achar que íamos dormir na rua, chegamos finalmente ao hotel!!!!!!!!!! Não acreditávamos, até chorei de emoção... achei que íamos ficar perdidos para sempre...
O hotel era muito confortável – ainda bem! A camareira que nos acompanhou era um pouco estranha, estilo mordomo da Família Adams. Mas tudo bem, tendo uma cama confortável e bem arrumada, um chuveiro bom, está valendo...
Extremamente exaustos de rodar em círculos, fomos dormir.
Total de quilômetros rodados no dia (incluindo os passeios): 195 Km
Total de quilômetros rodados no dia (incluindo os passeios): 195 Km