segunda-feira, 6 de setembro de 2010

14° DIA: SANTIAGO

O café da manhã do Apart Hotel Los Españoles estava do nosso agrado; bem completo, mas o refeitório um pouco apertado... Estava ótimo.

Estávamos literalmente com medo de sair com o carro para passear por Santiago. Depois da experiência anterior de ficarmos perdidos até o fim da noite, ficamos extremamente traumatizados (mais eu do que o Marcelo). Chegamos a sair com o carro e voltar para o hotel, pois o GPS não estava nos ajudando em nada... Pedimos então, algumas informações ao recepcionista do hotel – que nos ajudou bastante.

Com as informações do recepcionista, seguimos (de carro) até o Parque Metropolitano de Santiago. Ficamos até com vergonha de ter solicitado estas informações, pois o parque era ridiculamente perto do hotel.

O Parque Metropolitano de Santiago é o maior parque urbano do Chile com 722 hectares. É praticamente uma reserva biológica, pois reúne diversas espécies de plantas e animais e abriga o Cerro San Cristóbal – morro com 300 metros de altura.

O parque está divido em diversos setores e pode ser percorrido de carro – uma boa alternativa para os que não estão com muito tempo disponível, já que o parque é todo composto de subidas íngremes (paga-se uma taxa de CH$ 2.000,00 para entrar com o veículo).

Já dentro do parque, nossa primeira parada foi o Jardim Japonês – um jardim pequeno e sem muitos atrativos, mas com uma vista impagável da cidade. Do seu mirante, pode-se avistar a Cordilheira do Andes.


JARDIM JAPONÊS - PARQUE METROPOLITANO - SANTIAGO


VISTA DA CIDADE A PARTIR DO JARDIM JAPONÊS - PARQUE METROPOLITANO - SANTIAGO

Passamos então pelo Jardim Mapulemo, um espaço que representa as diversas regiões do Chile através de sua flora. Muito interessante, pois reúne diversas espécies de plantas em um lugar só com placas explicativas. Adoramos as “Palmas chilenas”, árvores que mais se pareciam com gigantes abacaxis!


PALMAS CHILENAS NO JARDIM MAPULEMO - PARQUE METROPOLITANO - SANTIAGO

Continuamos subindo com o carro e parece que a cada metro alcançado a vista dos Andes se tornava mais incrível.


VISTA DA CORDILHEIRA DOS ANDES - PARQUE METROPOLITANO - SANTIAGO

Chegamos ao topo do Cerro San Cristóbal e tivemos a sorte do dia não estar nublado. Com o dia claro e límpido tivemos a melhor vista da Cordilheira dos Andes de toda a viagem. O interessante é que sobre a cidade de Santiago paira uma camada de poluição que não consegue se dissipar devido à cordilheira – certamente um fenômeno natural curioso de se observar. Realmente, uma imagem inesquecível...


VISTA DA CORDILHEIRA DOS ANDES A PARTIR DO TOPO DO CERRO SAN CRISTÓBAL - PARQUE METROPOLITANO - SANTIAGO

No topo do Cerro San Cristóbal existem algumas lanchonetes e lojinhas de artesanato, onde aproveitamos para fazer algumas comprinhas de rotina e observar as gigantes epanadas que eram vendidas a preço de banana.


EMPANADAS VENDIDAS NAS LANCHONETES DO TOPO DO CERRO SAN CRISTÓBAL - PARQUE METROPOLITANO - SANTIAGO

Este local funciona como uma área de descanso para ciclistas e corredores e percorreram toda a subida como atividade esportiva. Reconheço que subir este morro a pé ou de bicicleta deve exigir um preparo físico avançado, mas se eu fosse recompensada com uma vista destas, acredito que faria o trajeto duas vezes por dia!


CICLISTAS NO TOPO DO CERRO SAN CRISTÓBAL - PARQUE METROPOLITANO - SANTIAGO

Quem não está motorizado e não tem preparo físico nível 10, tem a opção de chegar ao topo do Cerro San Cristóbal via Furnicular – um bondinho simpático.


FURNICULAR CERRO SAN CRISTÓBAL - PARQUE METROPOLITANO - SANTIAGO

Depois de tirar muitas fotos e nos dar ao luxo de ficarmos “cansados” desta vista, descemos todo o parque de carro e fomos até o centro da cidade com ajuda de um mapa que eu havia comprado em Buenos Aires, cerca de um ano atrás, quando a viagem ainda estava no papel.

Resolvemos parar o carro em um shopping e caminhar pelo centro.

Passamos pela Calle 21 de Mayo, uma rua que está para Santiago, assim como a Ladeira Porto Geral está para São Paulo em termos de muvuca. O grande atrativo desta rua são as lojas de lanas, ou lã na nossa língua. Quem gosta de trabalhos artesanais ou tem uma mãe aficionada por crochê ou tricot que nem a minha, fica maluco por lá... As megalojas contam com lãs que não existem no Brasil a preços bem convidativos, além de cursos e reuniões de mulheres que não conseguem viver longe das agulhas! Bem interessante...


LOJA DE LÃS NA CALLE 21 DE MAYO - SANTIAGO


LOJA DE LÃS NA CALLE 21 DE MAYO - SANTIAGO

Caminhamos um pouco pela Plaza de Armas, marco zero da cidade de Santiago. Nela se encontra a estátua de Pedro de Valdívia (fundador da cidade) montado em seu cavalo, muitos transeuntes, crianças brincando na fonte e vendedores de bugigangas. Uma bagunça gostosa de se ver.


PLAZA DE ARMAS - SANTIAGO
Em frente à praça está a Iglesia Catedral – catedral da cidade. O mais interessante é observar sua arquitetura barroca em contraste com o moderno prédio espelhado ao lado – foto clássica de todos os turistas que passam por Santiago.


IGLESIA CATEDRAL - SANTIAGO
Entramos em uma galeria repleta de lojas de artesanato e restaurantes com comidas típicas. Achamos interessante a forma como os pratos prontos ficam expostos em vitrines tentando atrair os consumidores. Apesar dos pratos enormes, baratos e chamativos, não tivemos coragem de parar em nenhum dos stands estilo Mercadão.


RESTAURANTES EM UMA GALERIA DO CENTRO - SANTIAGO

Fomos almoçar no KFC – a saudade do balde de frango frito que abandonou o Brasil há alguns anos era grande. Ficamos chocados com o baixo preço das refeições. Almoçamos muuuuuito bem e gastamos pouquíssimo – CH$ 6600,00, algo em torno de R$ 24,00 com direito à cerveja e tudo!


ALMOÇO NO KFC - SANTIAGO

Continuamos caminhando sem rumo e passamos por diversas construções históricas e prédios de importância econômica até chegar ao Palácio de La Moneda, local de trabalho e moradia dos presidentes chilenos. Com guardas de uniformes impecáveis e um jardim extremamente bem cuidado é um belo cenário para fotos.


PALACIO DE LA MONEDA - SANTIAGO

Em baixo do Palácio de La Moneda, existe o Centro Cultural Palácio de La Moneda, espaço que abriga exposições com boas amostras de artesanato chileno. O acesso ao Centro Cultural se dá por uma escadaria na praça do Palácio de La Moneda que leva aos três andares subterrâneos que recebem iluminação natural através dos espelhos d’água da praça.


CENTRO CULTURAL PALACIO DE LA MONEDA - SANTIAGO


AMOSTRA DE ARTESANATO CHILENO - CENTRO CULTURAL PALACIO DE LA MONEDA - SANTIAGO

Voltamos para o shopping onde deixamos o carro e aproveitamos para tomar um sorvete e dar uma voltinha. Entramos pela primeira vez em uma loja Ripley, imensa loja de departamentos chilena que vende tudo muito barato e nos apaixonamos. Os preços baixos da Ripley despertou nosso instinto consumista e toda vez que víamos esta loja em algum outro lugar éramos obrigados a entrar.

Retornamos ao hotel e com medo de sair com o carro a noite e não achar o hotel nunca mais, resolvemos pedir uma pizza e comer no quarto mesmo!

Total de quilômteros rodados no dia (incluindo os passeios): 35 Km

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